“”(…) "Angola vai ver as suas águas a
continuarem a ser exploradas, no entanto antevemos um abrandamento nas
perfurações ultra-caras e ultra-arriscadas nas águas profundas e no pré-sal,
uma vez que as companhias procuram controlar os custos e exercer mais
disciplina orçamental nos seus projetos", lê-se no mais recente relatório
sobre o petróleo e o gás em Angola, a que a Lusa teve acesso.
No
documento, os analistas da consultora especializada em assuntos energéticos
estimam que a produção de petróleo angolano avance para os 1,88 milhões de
barris este ano, acelerando para a casa dos 1,9 nos dois anos seguintes e
depois passando a barreira dos 2 milhões de barris diários em 2018, ou seja, um
ano depois da previsão oficial do Governo angolano, que espera passar dos 2
milhões já em 2017.
"A
produção de petróleo deverá manter um forte crescimento nos próximos anos, uma
vez que vários grandes e novos projetos começam a funcionar; depois de 2020, a
produção deverá abrandar devido às rápidas taxas de declínio dos poços atuais e
à contração do investimento num contexto de preços baixos", acrescenta o
documento.
Os preços
baixos, aliás, devem pressionar as receitas das exportações nos próximos anos,
"também por causa da sub-utilização do terminal de exportação de gás
natural liquefeito [LNG, no original em inglês] e do declínio dos preços
ligados ao LNG".
Assim, a BMI
conclui que "a perspetiva para o setor do petróleo em Angola permanece
largamente positiva, com potencialidades muito grandes na zona 'off-shore' e
vários grandes projetos em desenvolvimento", mas alerta que "a
continuação de preços baixos no petróleo coloca riscos descendentes à produção
depois de 2020".
Anos Produção 2015 1,88 2016 1,91 2017 1,98 2018 2,05 2019 2,18 Em milhões
de barris por dia Fonte: Angola Oil & Gas Report – BMI. “” – FONTE : NOTÍCIAS AO MINUTO
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