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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Luanda Missão de assistência técnica do FMI em Angola para reuniões



“”(…)  Uma missão de assistência técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou hoje, em Luanda, reuniões de trabalho com o Executivo angolano, no âmbito da supervisão financeira, poucas semanas depois de ter sugerido o corte da subvenção aos combustíveis.
De acordo com informação do Ministério das Finanças angolano, esta missão insere-se no artigo IV do Acordo Constitutivo do FMI, que prevê a avaliação regular da política económica dos Estados membros para "averiguar se esta é compatível com a estabilidade do sistema monetário internacional".
A delegação presente em Luanda até 21 de fevereiro é liderada por Ricardo Velloso, chefe da Missão do FMI para Angola, e vai analisar a execução das políticas económicas do Executivo, "focando-se em adquirir atualizações e uma visão geral dos últimos desenvolvimentos a nível dos setores petrolífero e financeiro".
Já hoje a delegação do FMI reuniu-se com o ministro das Finanças, Armando Manuel, prevendo-se também contactos com os titulares dos ministérios do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Petróleos, Economia e Construção. Outros contactos incluem o Banco Nacional de Angola, Sonangol, Fundo Soberano de Angola, Comissão de Mercado de Capitais, Instituto Nacional de Estatística, banca comercial e outros representantes do sector público e privado.
Em menos de um ano, trata-se da quarta visita de técnicos do FMI a Angola. Contudo, esta decorre em pleno processo de revisão do Orçamento Geral do Estado angolano, motivado pela quebra na cotação internacional do barril de petróleo, e que já foi entregue na Assembleia Nacional.

Num relatório revelado pela Lusa a 02 de fevereiro, posteriormente tornado público pelo FMI, aquela organização sugere a eliminação já em 2015 dos subsídios que o Estado angolano despende com a gasolina e redução faseada, até 2020, nas subvenções aos restantes combustíveis.
O documento foi elaborado após uma visita de técnicos do organismo a Luanda, precisamente a pedido do Governo angolano - que ainda não se pronunciou sobre o mesmo - para assistir tecnicamente a reforma dos subsídios públicos aos combustíveis.
Estes subsídios permitem manter os preços artificialmente baixos e custaram 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) angolano em 2014, mas beneficiam essencialmente as famílias "mais abastadas", segundo o relatório.
"Aproximadamente 80% dos combustíveis refinados são consumidos pelos 40% mais ricos, enquanto apenas 7% são consumidos pelos 40% mais pobres", lê-se no documento.
Entre várias propostas, o plano de ação do FMI estabelece a eliminação, já este ano, dos subsídios à gasolina.
Após dois aumentos em 2014, os primeiros em quatro anos, o litro de gasolina custa atualmente 90 kwanzas (77 cêntimos de euro), mas com a eliminação total do subsídio público subiria para 111 kwanzas (95 cêntimos de euro).

O FMI defende também um corte nos subsídios que provoque o aumento do litro do gasóleo dos atuais 60 kwanzas para 65 kwanzas (55 cêntimos de euros), já este ano. Novo aumento é proposto para 2018, para 90 kwanzas (77 cêntimos de euro), e no ano seguinte, para 120 kwanzas (1 euro).
Com estas medidas, no âmbito de um plano a vigorar até 2020, o FMI estima que a poupança orçamental líquida resultante da reforma pode chegar aos 2% do PIB angolano. “” – FONTE :  NOTÍCIAS  AO MINUTO

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