“”(…) Em Angola, várias medidas de contenção têm
sido levadas a cabo para minimizar as consequências da crise financeira
resultante da queda do preço do petróleo no mercado internacional.
Uma carta do Director Nacional do Comércio Externo
de Angola determina a suspensão de pedidos de importação de arroz, açúcar,
farinha de trigo, óleo alimentar, cimento, telhas, tijolos, bebidas alcoólicas
e não-alcoólicas, feijão e carnes congeladas e ovos. Está ainda suspenso o
licenciamento de exportação de sucatas ferrosas e não ferrosas.
O economista José Matuta Cuato afirma que o Estado
deve também restringir muitas benesses que oferece aos ministros, secretários
de Estado e chefes de departamentos.
“As despesas com os combustíveis para a frota do
Estado é muito elevada, a Administração Pública tem cartões de combustíveis e
quem os paga são os cidadãos, por isso penso que o sacrifício não pode ser
apenas para o ´zé povinho´ mas para todos nós”, disse.
O economista sublinha que o Executivo angolano
gasta muito dinheiro do erário público mas gasta mal.
“Sabemos que o Governo gasta muito, mas
também sabemos que gasta mal, é tempo de fazermos um saneamento nas nossas
contas”, defendeu o economista José Matuta Cuato.
A crise financeira prevê o atraso da implementação
dos programas do Governo e vários empresários contactados pela VOA em Luanda,
sem gravar entrevista, disseram estar a sentir redução dos investimentos do
Estado.”” – FONTE : VOA
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