“”(…) José
Sócrates foi confrontado no primeiro interrogatório judicial com telefonemas
feitos para o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, com vista a beneficiar
o Grupo Lena.Os telefonemas aconteceram em setembro do ano passado, dois meses
antes da operação ‘Marquês’.O Grupo Lena tinha vencido alguns concursos de
obras públicas em Angola, e o CM sabe que a iniciativa de Sócrates foi
originada por problemas nos pagamentos à empresa portuguesa. Pesou também a
necessidade de o grupo de Leiria – do qual Carlos Silva tinha sido
administrador e cuja ligação estreita ainda se mantinha – ganhar ainda mais
concursos.José Sócrates contactou então o vice de Angola e pediu-lhe que os
bloqueios fossem ultrapassados. Na conversa, definiu o Grupo Lena como uma
empresa em que sempre o trataram bem.As explicações dadas ao juiz por Sócrates
não foram convincentes. Carlos Alexandre confrontou-o diretamente com o facto
de Carlos Silva – o empresário de quem diz ser amigo de infância – manter ainda
a sua ligação estreita ao Grupo Lena. Deixou de ser administrador, mas
continuou a trabalhar para o grupo.Além disso, o facto de Sócrates viver
praticamente à custa do empresário Carlos Santos Silva foi vista pelo
Ministério Público como uma contrapartida pela sua influência, já que não se
coibia de contactar governantes com quem mantivera contactos enquanto
primeiro-ministro para meter cunhas para empresas privadas. “” – FONTE :
SÁBADO
Sem comentários:
Enviar um comentário