“”(…) Maria Alexandra Oliveira de Vitória Pereira, foi
vítima de agressões físicas e raciais por militares da Academia Militar do
Exército (AMex), no Lobito, enquanto a sua filha de 7 anos assistia ao acto.
Alexandra é
filha do militante do MPLA e deputado Mac-Mahon, falecido a 28 de Abril de
2009.
Se esta
violência já em si transtorna qualquer cidadão normal, o facto da direcção da
AMex não ter dado a devida atenção ao facto, menos prezando as vítimas,
espezinha o espírito que deveria inspirar a “Constituição” que ainda precisamos
de ter.
Eis aqui os
factos:
Na noite de
22 de Dezembro de 2014, por volta das 23 horas e 30 minutos, o coordenador da
OMUNGA, José António Martins Patrocínio acompanhava Maria Alexandra Oliveira de
Vitória Pereira, de 48 anos de idade, casada, filha de Carlos Alberto Mac-Mahon
de Vitória Pereira e de Maria Helena Ramos de Oliveira de Vitória Pereira,
natural de Coimbra, Portugal, de nacionalidade Angolana, portadora do BI n.
001398141OE034 e residente na Catumbela, Rua Alameda Padre Almeida Americo S/N,
localizada através do terminal 939769226 e Shantee Mariss Mac-Mahon de 7 anos
de idade, filha desta.
Os mesmos
faziam-se transportar na viatura Toyota Prado GX-27-2008
de matrícula LD-51-97-BU de cor azul escura, conduzida e
propriedade de Maria Alexandra Oliveira de Vitória Pereira.
Por razões
particulares, Maria Alexandra Oliveira de Vitória Pereira parou provisoriamente
a viatura na Rua dos Açores, por defronte ao blindado que ornamenta uma das
entradas da Academia Militar do Exército, perto do cruzamento com a Rua da
Bolama, B.º da Luz, onde se localiza a residência de José Patrocínio e os
escritórios da OMUNGA. A referida paragem teve como objectivo que Maria
Alexandra Oliveira de Vitória Pereira pudesse atender a sua filha, Shantee que
se encontrava a chorar.
Depois de
parada a viatura, que mantinha o motor em funcionamento e as luzes dos faróis
ligadas, Maria Alexandre Oliveira de Vitória Pereira, desceu da viatura e
dirigiu-se à segunda porta do lado direito da viatura para atender a sua filha.
Enquanto a
mesma atendia a sua filha de 7 anos, com a referida porta aberta,
aproximaram-se vários militares fardados vindos da referida Academia exigindo a
retirada imediata da viatura argumentando que a mesma se encontrava em local
proibido por ser uma unidade militar.
Atendendo à
forma como os referidos militares se expressavam, o coordenador da OMUNGA
desceu da viatura reagindo aos mesmos e argumentando o facto de que nada
impedia a paragem da viatura naquele local e naquelas condições.
Surpreendentemente,
um número que pode variar entre 3 ou 4 militares começaram de forma brutal a
levar o coordenador da OMUNGA para o interior da Academia sob sérias ameaças.
Quando Maria
Alexandra Oliveira de Vitória Pereira interviu para saber o que estava a
acontecer com José António Martins Patrocínio, foi também brutalmente agredida
enquanto foi simultaneamente puxada por vários militares para o interior da
referida Academia Militar, tendo ficado a sua filha de 7 anos aos gritos,
assustada com o que assistia, dentro do carro que tinha o motor ligado, as
luzes acesas e as portas abertas. Maria Alexandra Oliveira de Vitória Pereira
sofreu agressões nas costas e no braço esquerdo com um presumível chicote de
borracha e insultos tais como: “AI É SUA BRANCA TAMBÉM VAIS VER!” …//…”” -
FONTE : QUINTAS DE DEBATES
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