“”(…) "O facto
de alargarmos a nossa presença a seis novos mercados africanos onde não
estávamos presentes mostra uma diversificação que também visa apoiar mais os
empresários portugueses em Angola na eventualidade de passarem por dificuldades
que não estavam previstas", disse Miguel Frasquilho à Lusa, à margem do
Encontro Empresarial da Diáspora Portuguesa, que hoje decorre nas instalações
da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Questionado sobre a degradação do ambiente económico em Angola como
resultado da forte quebra do preço do dólar e consequente diminuição das
receitas fiscais, que terá já afetado alguns pagamentos às empresas
estrangeiras, Miguel Frasquilho disse estar "a par das notícias", mas
salientou que "até agora ainda não chegou nada à AICEP" em termos de
queixas ou de informações dos empresários no terreno.Certo é que "a situação pode vir a deteriorar-se e estamos preparados, em conjunto com o Governo e utilizando todos os canais à nossa disposição, para fazer face à situação menos positiva em 2015", disse.
No ano passado, salientou, as exportações portuguesas deverão ter atingido "o maior volume de sempre, mas falta ainda a confirmação oficial com os dados do mês de dezembro".
Entre janeiro e outubro de 2014, as exportações de Portugal para Angola subiram 2,4%, de 2,5 para 2,6 mil milhões de euros, o que, aliado à forte descida das compras de produtos angolanos, na sua esmagadora maioria petróleo, de 49,4% entre janeiro e outubro de 2014, fez o saldo da balança comercial passar de 71,6 milhões para 1.362 mil milhões de euros.
A degradação económica em Angola é, por isso, um bom exemplo da vantagem da diversificação das empresas quando pensam em expandir a sua atividade económica, principalmente para aquelas que já estão em Angola: "os seis países para os quais a AICEP vai expandir a sua atividade (Senegal, Guiné-Bissau, Gana, Nigéria, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial) têm precisamente também este ponto de interesse, não só porque são países em rápida expansão económica, mas também porque há aqui uma tentativa de diversificação e apoio a empresas que já estão no continente africano e podem daqui retirar benefícios".
No âmbito do novo plano estratégico da AICEP, esta agência vai "fazer um alargamento de cobertura da rede de 53 para 65 postos, o que significa 12 novos mercados e todos os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)", concluiu Frasquilho. “” – FONTE : NOTÍCIAS AO MINUTO
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