Translate

Número total de visualizações de páginas

sábado, 13 de setembro de 2014

A “LUPA” Nrº 11 – A Economia de Angola tem uma “saúde fragilizada”.



É notório que a baixa da produção do petróleo, diminui as receitas fiscais, aumenta o deficit do OGE, porque as despesas previstas no Orçamento, têm uma tendência para «derrapar» para valores superiores aos previstos, e nota-se um esforço execepcional do Executivo Central em contrair empréstimos ao exterior ( até porque sabemos que a poupança interna, nunca foi significativa ) para manter o nível do investimento público, cujas prioridades merecem sérias dúvidas, na melhoria da vida dos angolanos, já que as dotações para a Educação e área social, são muito baixos, para que na próxima década, tenhamos uma melhoria na vida do Povo Angolano, cuja maioria sobrevive e não vive com a dignidade que merece.

A própria política monetária, em que o BNA decide ( mas no âmbito das instruções emanadas superiormente do Titular do Poder Executivo ) não está a resultar, e veja-se as reservas em divisas a diminuir, a dificuldade que a banca comercial tem na venda de divisas aos seus clientes e uma inflação com tendência a subir, devido até, ao aumento das taxas alfandegárias dos produtos e serviços importados, que acabam por ser imputados ao consumidor, pelos operadores comerciais e onde a industrialização do país, não consegue substituir nos próximos anos, as importações que mantém o mesmo nível de entrada em Angola, o que se traduz, num desequilíbrio da balança comercial, tornando-a deficitária.

O sector agrícola, com aumentos de produção em algumas áreas nas Províncias do Interior, verifica-se que os agricultores não conseguem escoar para o mercado, os seus produtos, que vão apodrecendo no campo, com o PAPAGRO, que vai na segunda fase, a consumir milhões de USD, sem trazer melhorias no circuito comercial, principalmente na cobertura das necessidades dos mercados nas cidades, como Luanda.

A economia angolana pode ter um «solavanco», pode estar «febril », mas o diagnóstico está a ser «errado» e a «medicação» inadequada, para as «curas» necessárias, o que resulta numa «saúde» fragilizada da economia do país.

Sem comentários: