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domingo, 14 de setembro de 2014

Luanda Criada bicicleta que carrega bateria do telemóvel



“”(…)  Há também inventores que investigam por conta própria, como Inácio Simão, de 22 anos, e que contou à Lusa ter optado por desenvolver um equipamento que faz várias funções numa só.
A partir de uma velha bicicleta, concebeu um aparelho que, a "força de pernas", leva trinta minutos para carregar uma bateria de telemóvel.
Outro tanto para moer um pequeno saco de milho ou de jinguba no pequeno moinho que está acoplado.
Não fosse uns dos problemas em Angola, ainda permite fornecer eletricidade a outros equipamentos. "Sim, desde que esteja lá alguém a pedalar. Por isso também serve de exercício para a pessoa", brinca o jovem inventor de Luanda, cujos trabalhos resultam da sua "criatividade" e "de muita investigação".

Mais a norte, em Cabinda, Ribeiro André da Costa, de 22 anos, só teve espaço para "desmontar" o protótipo da sua grua com elevador de segurança e transportá-la para a feira de Luanda.
"É apenas uma das minhas invenções. Quando for maior quero ser inventor, mas acho que devo começar cá de baixo [na formação] até chegar ao superior", diz o jovem, finalista de um curso técnico de metalomecânica.
Quanto à "ideia", consiste num problema que vinha a observar: a dificuldade no acesso da base ao topo das grandes gruas de construção que se avistam, nos últimos anos, em todo o país. Adicionou por isso um elevador lateral capaz de operar automaticamente, caso o manobrador da grua, no topo, se sinta mal e precise de auxílio.
"Em caso de perigo, de emergência, de enfarte, é mais rápido para o operador chegar à superfície e procurar os primeiros socorros", explica, orgulhoso no trabalho dos últimos meses, um protótipo totalmente mecanizado e que resultou da reciclagem de várias peças.

Ainda da capital, Patrick António precisou da ajuda de mais três colegas do curso médio de eletrónica e telecomunicações para desenvolver um ‘robô android’. Na realidade, é um carro totalmente controlado através de uma aplicação para telemóveis inteligentes android.
Com proezas automobilísticas o carro controlado por telemóvel conquistou a feira.
"Gosto da área de informática. No futuro penso que posso até fazer engenharia de eletrónica e de telecomunicações", vaticina este jovem inventor, de 18 anos.

Com a mesma idade, Filipe Nascimento está a terminar o curso técnico de informática e por estes dias tornou-se também inventor. Juntamente com os colegas de curso levou para a feira vários projetos informáticos, de jogos a aplicações, todos baseados na cultura angolana.
O de maior destaque é uma aplicação, que querem agora colocar online para partilhar, com fotos, vídeos e informação detalhada, alertas de pessoas desaparecidas.
Um modelo semelhante, recorda, a um antigo programa da televisão angolana em que as famílias pediam ajuda divulgando fotografias e outras informações e características dos desaparecidos.
"Nós pensamos em todos os aspetos. Invenção, mas um tipo de invenção que ajude a sociedade. Nós queremos resolver os problemas da sociedade", afirma, convicto, sabendo tratar-se de uma "dura realidade" no país.

Apesar de diferentes projetos e criações, todos estes jovens inventores angolanos têm algo em comum. Sonham com o dia em que o protótipo chegue à produção em massa ou à utilização comum.
"É nisso que penso sempre que invento qualquer coisa. Em ajudar as pessoas", remata Inácio Simão, enquanto pedala, sem sair do sítio, para carregar a bateria do telemóvel de um amigo.”” – FONTE : NOTICIAS AO MINUTO

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