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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A “LUPA” Nrº 14 – Presidente foi ao GPL baixar orientações e decisões sobre Luanda.



Destaco em primeiro lugar, que a partir de agora o Governador da Província de Luanda, deixa de ser o Primeiro Secretário do MPLA nesta Província. Só que esta decisão devia ser extensiva a todas as Províncias de Angola, porque isto, do Governador representar o Executivo Central e o MPLA, convinha-mos que não fica muito bem na «fotografia».

Como se sabe, o Presidente criou recentemente a Comissão de Reestruturação do Governo da Província de Luanda e hoje constatou, entre inúmeras situações, que Luanda tem sido mal governada ( algo que ele desconhecia completamente ), que nos bairros periféricos faltam todos os serviços básicos, como o abastecimento de água potável e de energia eléctrica, inexistência de sistemas de esgotos, limpeza e recolha do lixo regulares, deficiente serviço de assistência médico-medicamentosa, de educação e a lista de necessidades é tão longa, que fica-se por aqui.

O também Titular do Poder Executivo terá salientado, o aumento dos musseques, que foi herdado do tempo colonial, assim como o desemprego, a desorganização da cidade e a taxa de criminalidade, realçando ainda que a capital de Angola tem mais de sete milhões de pessoas ( será já a divulgação do CENSO (?!)… ), e que a cidade está a crescer muito rápido e os seus problemas são cada vez maiores e mais complexos.
Outra coisa que destaco do discurso presidencial, é “a promoção da governação participativa através da participação dos cidadãos na resolução dos problemas e no desenvolvimento do seu município”.

Por conseguinte, “a Administração Municipal deverá assim ter um Programa de Desenvolvimento, um Orçamento e um Programa Municipal de Investimento Público, a partir de Janeiro de 2015”, e que para os “últimos três meses deste ano será aprovado e executado um Programa Provincial Especial de Impacto Social, além do Plano Provincial e do Orçamento em curso”.
Mas também que, “em Outubro próximo, o Executivo vai apreciar e aprovar um programa de expansão da rede viária e ferroviária da Província de Luanda, cuja execução começará imediatamente, com vista a melhorar a mobilidade, particularmente na zona sul.”
O Presidente anunciou que, “além da Avenida da Corimba, surgirão mais duas, uma das quais a marginal da Corimba, que se pretende uma avenida moderna, com uma maior superfície e mais de cinco quilómetros de praia.”

Com tudo isto, nenhum cidadão pode ficar indiferente. 

Luanda vai ser a «cidade maravilha»,…um dia!

Começa-se a perceber, que a capital de Angola vai tornar-se o «laboratório da implantação das autarquias em Angola» e ensaiando, a legislação a ser elaborada sob o olhar atento do Assessor/Consultor Dr. Carlos Feijó junto do MAT, a aplicação da autonomia financeira que chega ao actual limite que os Governadores Provinciais detém, a análise factual da desconcentração administrativa dos Municípios, em que os Administradores parecem ser, futuros Presidentes da Autarquia, preparando-se desde já para as respectivas eleições.

 Futuramente, a Província de Luanda pode vir a ter, de quatro a cinco Autarquias para uma população avançada de sete milhões de cidadãos e as esperadas eleições, que serão marcadas quando o Presidente quiser, pode ser daqui a um ano, ou dois anos, antes das eleições gerais em 2017.

Possivelmente, o IFAL tem estado a preparar os futuros autarcas do MPLA, pelo que, os restantes partidos da oposição, têm que acelerar a sua preparação para as eleições autárquicas em Angola, porque elas vão se realizar, como e quando o Presidente do MPLA quiser.
 

Ainda haverá muito a dizer, sobre estas orientações e decisões presidenciais, mas a seu tempo serão comentadas.

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